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  • Foto do escritorSabrina Petermann

Panamá - O que saber antes de ir

Atualizado: 2 de ago.

Você já pensou em incluir o Panamá como destinos das suas próximas férias?

Se você gosta de praias, saiba que o país pode ser uma boa opção. Então, acompanhe os próximos posts que vou te contar como foi a nossa experiência de duas semanas por lá.






POPULAÇÃO


O Panamá tem uma população aproximada de 4,3 milhões de habitantes, e destes cerca de 2 milhões vivem na capital - Panamá City.


Assim como no Brasil, a população panamenha é formada por um misto de culturas: indígenas, afro-panamenhos e europeus.


Existem várias comunidades indígenas bem preservadas no Panamá. Alguns dos grupos indígenas mais proeminentes são os Ngäbe, os Guna (responsáveis pelo arquipélago de San Blas), os Emberá e os Wounaan, entre outros.

Mulheres indígenas Guna - Foto por Store Norske Leksikon

Os afrodescendentes têm uma presença significativa nas áreas costeiras e nas ilhas do Caribe. Muitos afro-panamenhos são descendentes de africanos trazidos como escravizados durante a colonização espanhola e posteriormente durante a construção do Canal do Panamá.


Há uma minoria de panamenhos de ascendência europeia, descendentes de espanhóis do período da colonização. Porém, quando da construção do Canal do Panamá muitas pessoas de outras partes do mundo vieram para o Panamá e criaram raízes no país.


O que podemos perceber, nas áreas turísticas que visitamos, é que mais recentemente vários alemães, norte-americanos, entre outros nacionalidades, vieram fazer turismo no Panamá, se apaixonaram pelo local e resolveram mudar de vida - e construir um negócios no país. É comum encontrar uma pousada onde o dono é alemão, uma loja de aluguel de bike gerenciada por um norte-americano, um restaurante que os atendentes nem falem espanhol.



LÍNGUA


A língua oficial do Panamá é o Espanhol, porém nas áreas turísticas ouso dizer que o inglês é a língua mais falada, seja pela quantidade de turistas ou mesmo pelos moradores vindo de outras partes do mundo como comentado anteriormente.


Vale ressaltar que existem comunidades indígenas no Panamá que falam suas línguas nativas. Por exemplo, na ilha de San Blas que ficamos hospedados, os nativos falavam guna, sendo que alguns nem sabiam falar espanhol, e apenas um deles falava inglês com o turistas que não falavam espanhol.



QUANDO IR

No Panamá faz calor o ano inteiro (acima de 30º). A época da seca vai de dezembro a abril (o que eles chamam de verão), e no restante do ano chove bastante. No período de chuvas, a quantidade e velocidade dos ventos também diminuem, aumentando a sensação térmica.

Evite ir na época de chuvas, pois as temperaturas permanecerão altas, mas você não poderá aproveitar as praias.


Quer saber mais detalhes, consulte o site Weather Spark, que tem muitos mais detalhes - aqui.


ECONOMIA


A economia do Panamá se baseia em vários setores e atividade, destacando:

. Canal do Panamá - isso mesmo ele gera muita renda para o país, como conto mais no post específico sobre o Canal.

. Setor marítimo e logístico.

. Serviços financeiros - o país é conhecido como um centro financeiro da América Latina, e por lá você encontrará bancos do mundo inteiro.

. Turismo - conhecido por suas praias tropicais, ecoturismo, turismo histórico, além de um hub para cruzeiros.

. Zona Livre de Colón - considerada a segunda maior zona franca do mundo, com produtos eletrônicos, roupas, produtos farmacêuticos e muitos outros.

. Agricultura - com destaque para bananas, açúcar, legumes e frutas tropicais.



DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA


Para brasileiros, não é necessário visto para viagens de até 90 dias (turismo).


É necessário ter passaporte válido por seis meses e apresentar o Certificado Internacional de vacinas com Febre Amarela na validade. E para alugar o carro não nos pediram a PID (permissão internacional para dirigir).



PASSAGENS AÉREAS


Compramos passagens aéreas com a Copa Airlines, que opera grande partes dos voos para o Panamá e América Central. Nosso voo saiu de Guarulhos e foi direto para Panamá City, num voo de aproximadamente 7h.


Nosso avião foi um Boeing 737, aqueles tradicionais usados dentro de voos domésticos no Brasil. Apesar de novos, as poltronas não tinham monitores individuais. Mas, durante o voo é possível acessar um aplicativo, utilizando o seu celular, com algumas opções de filmes, séries, desenhos infantis e informações sobre o voo.


Uma curiosidade sobre a compra da passagem, é que diferente das demais companhias aéreas, o valor da passagem é praticamente fixo. Levamos mais de um mês para decidir sobre a viagem, e mesmo com a proximidade da data o valor da passagem não se alterou mais do que R$ 100 - ponto positivo. Porém, o custo para despachar bagagem na Copa é bem alto - ponto negativo.


DINHEIRO E OUTRAS FORMAS DE PAGAMENTO


Desde 1903, o Panamá utiliza duas moedas: o Balboa e o Dólar, na relação de 1:1. Porém, as notas (cédulas de papel) de Balboas não são mais impressas desde 1941, são produzidas apenas moedas de 1, 5, 10, 25 e 50 centésimos de Balboa.


Na prática, você usará para grandes valores as cédulas de Dólar e receberá de troco moedas de Balboa (na maioria das vezes) ou de dólar.



Com exceção do arquipélago de San Blas , onde só aceitam dinheiro, é comum que os estabelecimentos aceitem cartões (crédito ou débito). Porém, a grande maioria repassa a taxa do cartão, ou seja, você terá que pagar mais se comprar com cartão - com taxas que variam de 3 a 7% do valor da compra. Um exemplo: reservamos nossa pousada em Bocas del Toro via Booking, e nas descrições estava escrito que eles aceitavam cartão de crédito. Para nossa surpresa, quando chegamos lá eles nos cobraram uma taxa pelo uso do cartão de 5% 😳.


Outra situação é que dependendo do local que você for passear, pode acontecer de não ter sinal de internet, então vai precisar de dinheiro para fazer os pagamentos. Minha sugestão é sempre ter dinheiro para essas situações.


Mesmos em cidades menores, como Santa Catalina, nós encontramos caixas eletrônicos para fazer saques, mas tome cuidado, pois elas cobram um taxa fixa alta para os saques (a que utilizamos cobrou o equivalente a R$ 40 - fora a taxa do nosso banco). O ideal é que antes da sua viagem você pesquise quais as taxas que o seu banco cobra e faça as contas pra entender o que é mais vantajoso (e seguro) para o seu caso.


E para finalizar, no Panamá existe um imposto sobre produtos (7%). Na nossa experiência só vimos esse imposto ser aplicado em comércios maiores, em Panamá City (supermercados, restaurantes maiores, lojas...). Nas cidades menores, normalmente o preço que você encontra no produto, será o preço que irá pagar, mas não fique surpreso caso seja aplicado o imposto (não conseguimos entender a lógica).


Com a dolarização, o custo de vida no Panamá é alto, alguns exemplos de alimentação:

. Água 500ml - US$ 1,5

. Coca-cola em lata - US$ 2

. Cerveja local em lata - US$ 3

. Pão de forma - US$ 7

. Bandeja de peito de peru - US$ 6

. Hamburguer com batata frita - US$ 10

. Prato feito - de US$ 8 a US$ 15

Tudo depende do lugar que você escolhe, mas não varia muito dos valores acima.



TRANSPORTE, CARRO, ESTRADAS E MAIS


Além de Panamá City, nosso roteiro de viagem incluía Bocas del Toro [587 km - 8h30] e Santa Catalina [364km - 6h]. Quando fomos pesquisar aluguel de carro, as avaliações no Google de todas as empresas eram péssimas, então fomos pesquisar alternativas.


Para chegar a Bocas del Toro existe a possibilidade de ir de avião, mas Santa Catalina não tem aeroporto próximo. Pesquisamos também a possibilidade de ir de ônibus, mas novamente para Bocas existia linha direta, mas para chegar à Santa Catalina teríamos que pegar vários ônibus, muitas vezes sem horários e pontos de partidas definidos. Então, a opção foi mesmo alugar um carro.


Tivemos alguns problemas com a locação do carro. Se eu fosse fazer novamente a viagem, pesquisaria um pouco mais sobre outras possibilidades de transporte, como a contratação de shuttle, que nos causariam menos problemas.



Aqui vai uma dica importante: as locadoras de carro não liberam o carro sem seguro. Nós tínhamos o seguro do cartão de crédito e a locadora não aceitou. Disse que só aceitaria se tivesse um documento especificando aquela locação em particular.


Chegamos a procurar outras locadoras, mas todas tem a mesma política, dizem que é uma norma do governo [na minha opinião, um cartel]. O Daniel tentou, conversou, reclamou... e mesmo mostrando o documento da reserva que citava que a contratação do seguro era opcional, eles não liberaram o carro enquanto não pagamos US$ 19 por dia de seguro básico - um valor muito mais alto que o preço que pagamos na locação da diária.


Nosso segundo problema com a locadora foi que tínhamos reservado um carro manual e eles só tinham carros automáticos. E não é que eles não tinha no momento, eles realmente não tinham. Eu e o Daniel já dirigimos carro automático, mas não estamos acostumados, então não queríamos ter um item a mais para se preocupar viajando fora do Brasil. No fim, levamos mais de três horas pra conseguir pegar o carro e estávamos exaustos com toda a situação.


Se você optar por não locar um carro saiba que um táxi do aeroporto até o centro de Panamá City custará U$ 30 (mas dependendo do horário consegue negociar um pouco esse valor) e um Uber custará aproximadamente US$ 17. Nós usamos Uber no dia que devolvemos o carro e em outras corridas dentro de Panamá City e achamos o serviço muito bom. Uma curiosidade é que no Panamá os carros só precisam ter a placa traseira, então quando você pede um Uber não consegue ter certeza se é o seu carro chegando, tem que esperar o motorista parar, e dizer o seu nome.




O trajeto entre o aeroporto e a cidade é feio por uma moderna via rápida, que tem vários pedágios. O trajeto de ida e volta nos custou aproximadamente US$ 4,60. O carro que alugamos tinha a tag para não precisar parar nos pedágios, e o valor nos foi cobrado na entrega do carro. Questione se o carro que a locadora escolhida tem essa comodidade.


E cuidado! O trânsito de Panamá City é bem perigoso!


No geral, as principais rodovias que utilizamos são boas, com muito menos movimento que no Brasil, apenas o trajeto próximo de Santa Catalina que tinham estradas mais antigas. Por lá não existem radares eletrônicos, mas é muito comum encontrar policiais com radares móveis. Nós fomos parados por excesso de velocidade e recebemos uma multa de US$ 50. Conversamos com um casal de alemães, e eles relataram que também foram parados, e o policial pediu propina de US$ 30 para cancelar a multa. Siga a velocidade indicada nas placas, para não ter o estresse de ser parado, principalmente num país estrangeiro.


Assim como no Brasil, ao longo das estradas você encontrará bastante postos de combustível, só que em alguns não existe atendentes, o que pode ser um perrengue pra quem está acostumado a ter sempre alguém pra ajudar. O preço da gasolina é por volta de US$ 1,10 o litro. E aqui eu destaco os postos da rede Terpel, que possuem ótimas paradas de alimentação - Va&Ven. Algumas paradas são pequenas com apenas uma lanchonete e banheiros, mas tem outras grandinhas, inclusive com chuveiros, lavanderia e playground para crianças. E sempre estavam super limpos e com bons lanchinhos.



ENERGIA ELÉTRICA


Voltagem 127W

O padrão das tomadas é o tipo A (igual EUA)





TELEFONIA E INTERNET MÓVEL


Existem várias operadoras de internet por lá, e será fácil você comprar chip pré-pago (nós compramos num mercadinho de beira de estrada). Dependendo da região do país que você irá visitar, vale questionar qual operadora tem maior cobertura.


Nós compramos um chip da +Móvil e a internet pegou em quase todos os lugares que visitamos, inclusive em San Blas. O problema é que o custo para usar a internet pré-paga é muito alto, era só ligar os dados móveis que apenas para baixar as mensagens do WhastApp iam US$ 5 de crédito. Sem perceber os créditos evaporavam.


Se você for alugar um carro, baixe o mapa offline do seu trajeto para não consumir os dados móveis do seu clip de celular. Nós fizemos isso e funcionou muito bem.

Apenas em Panamá City é interessante estar com os dados móveis ligados para auxiliar com o trânsito.




TURISMO


Não espere encontrar muitos brasileiros, encontramos apenas um casal, e mais duas pessoas que passaram falando português, mas que nem chegamos a conversar. Os turistas que mais encontramos foram os alemães, eram muitos! Além de alemães, franceses e canadenses, na sua grande maioria jovens, com menos de 30 anos.


Na nossa opinião, fazer turismo no Panamá é muito seguro, mesmo andando a noite em Panamá City não nos sentimos ameaçados em nenhum momento. Existe bastante policiamento nas ruas.


Porém, em alguns momentos me senti enganada por profissionais que trabalham com o turismo, exemplos:

. Contratamos um day tour de 6 horas em Panamá City, porém o guia reduziu-o para 4h;

. No nosso pacote de San Blas tinha previsto um passeio com duas paradas e foi feita apenas uma, alegando que as condições do mar não estavam boas, mas o mar estava super calmo;

. Em Bocas del Toro fomos coagidos a deixar o carro numa rua, mas tivemos que pagar US$ 5 por dia.

Coisas comuns, em países latinos americanos, que me deixam incomodada.

 

. As praias são bonitas, mas nada diferenciado (e nem mais barato) se comparado com outras praias do Caribe que visitamos.


. Se você gosta de conforto, bons serviços e luxo - as praias do Panamá não são pra você.

 

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Viagem Março 2023

 

Quer saber mais? Assista o vídeo com melhores momentos da nossa viagem:



 

#panama


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