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  • Foto do escritorSabrina Petermann

México - Dicas gerais

Atualizado: 11 de set. de 2020

Quando você pensa em México é grande a possibilidade de você imaginar uma praia caribenha, provavelmente em Cancún. Mas, o México tem muitas atrações além de Cancún para serem visitadas - montanhas, desertos e selvas, e é claro as ruínas antigas, como Teotihuacán e a cidade maia de Chichén Itzá.



Prepare-se para escutar esta música todos os dias, um milhão de vezes - até aprender a gostar da música e sair cantarolando.



PORQUE ESCOLHEMOS O MÉXICO


Uma querida amiga, a Patrícia Hartmann [@patihartmann1], quando voltou de México falou que o país é incríveis e que achava que seria a minha cara visitá-lo. Como sempre estou a procura de novos destinos, fui pesquisar e vi muitas belezas naturais - o típico lugar que gostamos conhecer.


Quando lancei a ideia para o Daniel, ele não curtiu muito, pois tinha na cabeça a ideia dos resorts que você vê quando pesquisa Cancún, mas mostrei pra ele alguns lugares diferentes e incluímos a Baja California Sur, pra ele ter a possibilidade de surfar e... pronto, ele topou!



INFORMAÇÕES GERAIS E CLIMA

O México tem uma população de 129 milhões, destes 8 milhões vivem na Cidade do México, e diferente da imagem que eu tinha de Cancún, a cidade é grande com quase 1 milhão de habitantes, fazendo com que você pegue transito nos horários de picos.


A diferença de Fuso Horário é de 2 horas a menos que o Brasil.

O oeste do país é banhado pelo Oceano Pacífico e pelo Golfo da Califórnia. Na parte leste, o Golfo do México e o Mar do Caribe.


Nós visitamos a Baja Califórnia Sul caracterizada por um ambiente desértico, era comum viajarmos longas distâncias e ter a companhia apenas de cactos ao longo do trajeto. Durante o dia fazia um calor de rachar e as noites eram super frias. Já em Quintana Roo o clima é tropical úmido, aquele calorão que dá uma moleza o dia inteiro, inclusive a noite.



Uma curiosidade sobre a península de Yucatán (onde fica situado Quintana Roo) é que o solo consiste numa placa de pedra calcária porosa, parecendo um queijo suíço. Como os rios são em sua maior parte subterrâneos aconteceu a criação dos cenotes - buracos profundos, cheio de água.


DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA


Não é necessário visto para viagens de até 90 dias (negócios ou turismo). Mas, fique atento se a sua passagem tiver escala nos Estados Unidos - neste caso você vai precisar de visto americano.


Também não é necessário apresentar o Certificado Internacional de vacinas. E para alugar o carro não nos pediram a PID (permissão internacional para dirigir).


DINHEIRO


A moeda do país é o Peso Mexicano. Em Abril/2019, durante a nossa viagem, a cotação era 1 Peso = R$ 0,25.

Além do Peso, dólares são bem aceitos e na maioria dos passeios e das lojas das áreas turísticas você verá o preço em dólar ou nas duas moedas.


Alguns lugares mais simples não aceitam cartão de crédito, ou cobram um preço diferente. Por isso sacamos dinheiro num caixa eletrônico. E aí já veio o nosso primeiro perrengue na viagem.


Nosso voo fez uma escala na Cidade do México e aproveitamos que tínhamos tempo sobrando e fomos sacar dinheiro. Informamos o valor que queríamos (o equivalente a R$ 1.500,00) e o caixa eletrônico mostrou que teríamos que pagar uma taxa enorme para o saque. Quando o sistema perguntou se queríamos confirmar, cancelamos. O atendimento foi encerrado e fomos embora. Pra nossa surpresa, alguns minutos depois o saque foi descontado da nossa conta bancária. Pensa na raiva... nem tínhamos chegado ao nosso destino e já estávamos com um prejuízo de R$ 1.500,00. Assim que conseguimos acesso a internet o Daniel mandou um e-mail pra gerente do nosso banco, explicando a situação, e ela não entendeu a situação direito e cancelou o cartão dele, tivemos que passar o resto da viagem apenas com o meu cartão - pensa no medo de perdê-lo.


ENERGIA ELÉTRICA

Voltagem 220W

O padrão das tomadas é igual a este abaixo:


COMÉRCIO

Todo turista estrangeiro tem direito a receber de volta uma taxa de 8,9% referente a impostos das compras realizadas nas lojas que participam do Tax Back, também chamado de Money Back. Guarde todos os cupons para apresentá-los no guichê do Money Back, juntamente com uma cópia de seu passaporte, além do cartão de imigração e do cartão de embarque. No Aeroporto de Cancún há um guichê do Money Back no piso superior da área de embarque do terminal 2, próximo às escadas rolantes. Este guichê também está presente no outro terminal do aeroporto e em outros aeroportos do México.


Uma coisa que me incomodou muito no México foi a forma como uma parte dos comerciantes trabalham - os produtos não tem preços e dependendo da cara do turista eles dão o preço. Acho que por ser ruiva, eles achavam que eu era européia ou americana e os preços sempre vinham lá na altura. Cheguei a escutar "Ah, vocês não são americanos, então o preço é tanto... (metade do anterior).". Eu acho esta postura antiética, os produtos devem ter um preço, independente de quem compra. E para piorar, em alguns lugares como feiras de artesanato, quando eu dizia que não queria, eles saiam andando atras de mim perguntando quanto eu queria pagar. Eu fiquei muito incomodada com esta situação e acabei optando por só entrar em lojas que tinha preço nas mercadorias. Não me pareceu honesto da parte deles.



POPULAÇÃO


Etnicamente, a população é constituída por

. 60% euro-ameríndios (mistura entre espanhóis e índios)

. 30% de ameríndios e

. 9% de brancos.

Então, a todo momento era evidente que éramos turista.


Sempre que eu penso numa população latina, penso em pessoas alegres e exuberantes. Mas, no México não foi assim, as pessoas eram bem reservadas, não gostavam de puxar papo. Não eram grosseiras, mas também não eram amistosas e calorosas.


Assim como o Brasil, apesar de ter um bom PIB (11ª maior economia do mundo), no México é possível encontrar uma grande desigualdade social. E isto gerou mais uma situação que me incomodou durante a viagem. Você paga pelos passeios (normalmente um valor alto em dólar) e os guias fazem uma chantagem emocional, dizendo que ganham pouco e que eles vivem das gorjetas dadas pelos turistas. Não sou totalmente contra as gorjetas, mas gosto de dar quando recebo um bom serviço, e não porque o guia se fez de coitado e me pediu. Acredito que isto venha da cultura de receber turistas americanos, para os quais tudo por lá é barato. Mas, não é o nosso caso, os passeios já eram caros.


Outra situação que eu não gostei foi quando fomos pegar o carro em La Paz, a atendente insistiu para pegarmos um carro melhor, que seriam apenas 5 dólares a mais a diária. Normalmente alugamos o carro mais simples da locadora, e o carro mais simples desta já era um carro automático, com vários itens que não nos importamos muito. Ela ficou insistindo por quase 30 minutos. Daí eu resolvi dar uma passeada no pátio, enquanto o Daniel terminava os documentos e eu descobri o motivo da insistência - eles não tinham o modelo que tínhamos contratado, e queriam nos empurrar o carro mais carro. Só que no contrato está escrito que a locadora tem que nos dar o carro alugado ou superior, ou seja, nós já teríamos direito àquele carro. No final, "ela nos deu" um upgrade para um Jetta - nada mais que a obrigação deles.


ESTRADAS


Como acabei de falar de carro, aproveito pra falar das estradas. Na Baja Califórnia Sur a maior parte das estradas estava em ótimo estado de conservação. Encontramos apenas um pedágio próximo ao Aeroporto Internacional de Los Cabos - na Transcabo. Como visitamos uma área de deserto e Cabo Pulmo acabamos pegando estradas secundárias de não tão boa qualidade e inclusive algumas de barro.


As estradas de Quintana Roo já não tem a mesma qualidade, principalmente quando você vai em direção ao sul, se afastando de Cancún. No nosso trajeto de Tulúm até Bacalar encontramos vários pneus de caminhão estourados no meio da estrada, e dependendo do fluxo dos carros era bem complicado desviar deles.


No dia que estávamos voltando, saímos de Bacalar às 3h da manhã, pra chegar nas ruínas de Chichén- Itzá às 8h. Ainda estava escuro, e pegamos um carro muito lerdo na frente, quando o Daniel pegou a pista contrária para ultrapassar batemos de frente com um pneu de caminhão largado no meio da pista. Além do susto enorme, a batida quebrou e arranhar todo o para-choque do carro. Tivemos muita sorte que o Daniel é um motorista muito habilidoso e não perdeu o controle do pequeno March.



SEGURANÇA

Assim como a maioria dos países em desenvolvimento, a segurança não é o forte do México, mas nada diferente do que você encontra no Brasil, principalmente se estiver em grandes pontos turísticos.


Particularmente, tivemos um grande problema que foi o roubo do meu material fotográfico, que foi roubado dentro da pousada onde nos hospedamos em Tulúm. E quando você tem um problema é que realmente nota como é a infraestrutura de um país. A começar pela gerente da pousada que dizia que eu devia ter perdido o equipamento em algum lugar (coisa que eu tenho certeza que não aconteceu) ao atendimentos que tivemos no Ministério Público (o equivalente a uma Polícia Civil aqui do Brasil).


No Ministério ficamos horas esperando o atendimento e quando chegou a nossa vez, perguntaram qual era o motivo de estarmos ali, e quando disse que meu equipamento fotográfico tinha sido roubado, eles perguntaram o que eu queria que fosse feito!? Eu sabia que muita coisa não poderia ser feito, mas eu queria pelo menos um boletim de ocorrência, pra tentar junto ao Booking um ressarcimento. Eles mandaram eu esperar e foram atendendo outras pessoas na minha frente - um descaso total. E eu não fui atendida.

Último registro do meu equipamento fotográfico :(

Pior que perder o equipamento, eu perdi todas as fotos dos 18 primeiros dias da viagem. Isso me deixa chateada até hoje. Só tenho fotos feitas pelo celular (um modelo bem simples) que fiz durante a viagem para enviar para a família. E isso estragou praticamente o restante da viagem, pois o sentimento de impotência e a vontade de voltar pra casa me acompanharam nos dias que restaram para a viagem acabar.

Num outro dia, esquecemos o vidro do carro aberto e o nosso pendrive e carregador de celular foram roubados.



PRAIAS


As praias da Baja Califórinia Sur e a as de Quintana Roo são lindas, porém bem diferentes. As praias da Baja Califórnia Sur tem água super gelada e lindos paredões de pedras nas margens.


Já as praias de Quintana Roo tem aquele mar azul de várias tonalidades com a temperatura incrivelmente quentinha. O problema é que toda a região estava infestada de uma espécie de alga, chamada sargaço. A quantidade é tanta que nas praias menos turísticas, onde os resorts não fazem a limpeza diária da água e da areia - o mar fica marrom e na areia se formam montanhas de sargaço. Isso tira todo o encanto da praia, pois além de deixa-la mais feia, as algas ficam com cheiro ruim se ficam muito tempo exposta ao sol.

Olha a cor desta água :(

Em Playa del Carmen chegamos a ver um trator atolado no sargaço, tamanha era a quantidade de alga.


Pelo que eu li, depois da viagem, inicialmente a infestação acontecia apenas em alguns períodos do ano, mas a cada ano que passa o período é maior, e hoje praticamente acontece o ano todo - em alguns períodos com mais ou menos intensidade. Como isto acontece em todo o litoral, a única forma que encontramos de fugir do sargaço era visitando as ilhas Mujeres e Cozumel e ficando nas praias viradas para o continente, pois desta forma a própria ilha servia como uma barreira para as algas.



Então a minha dia é: pesquise MUITO como está a situação atual do sargaço nas praias na região de Quintana Room, principalmente se o seu objetivo é curtir as praias. Não encontramos nenhuma praia no continente onde são tivesse as algas.


 

O México tem muitas belezas naturais. Eu tive o azar de ter vários perrengues durante a minha viagem que acabaram deixando uma má impressão no país. Antes de ir viajar eu cheguei a lamentar de não poder ficar mais dias, pois queria conhecer outras regiões do país. Mas, as incomodações foram tantas que eu não quero voltar para conhecer o restante.


 

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:: La Paz


Viagem Abril/Maio 2019

 

 
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