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  • Foto do escritorSabrina Petermann

África do Sul - Alugando um carro

Atualizado: 21 de abr. de 2023

VOCÊ JÁ DIRIGIU NA MÃO INGLESA? ESTA FOI MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA E CONTO PRA VOCÊ OS DETALHES NESTE POST.






Um dos meus maiores medos ao escolher a África do Sul como destino das nossas férias era dirigir na mão inglesa. Li vários relatos de pessoas que diziam pra escolher um carro automático, mas eu nunca tinha dirigido um carro assim, e achei melhor não arriscar ter que aprender duas coisas juntas. No final, dirigir da mão inglesa não foi tão complicado, mas...


Pegamos o carro no aeroporto de Johannesbug, o Dany saiu dirigindo, pra evitarmos um acidente logo no inicio da viagem [hehehe]. Mas, logo em seguida eu peguei o carro, e rodamos juntos 7.000km.


Dificuldades


As minhas dificuldades em dirigir na mão inglesa foram:


. Passar a marcha com a mão esquerda (pro Dany foi tranquilo, pois ele é canhoto);


. Quando você está numa auto estrada, nem nota que está dirigindo na "pista errada", mas quando chega num cruzamento, fica confuso que pista deve seguir. Combinamos que sempre um ajudaria o outro a lembrar qual pista usar;


. Mesmo ficando 22 dias com o carro, frenquentemente tentávamos entrar do lado errado do carro, o motorista da vez ia pra esquerda e o carona para a direita;

. Em auto estradas, com pista simples, eu tendia a ficar muito pra esquerda, e cheguei a sair da estrada em um momento;


. Dirigir de ré, para manobrar o carro me deu um nó na cabeça. Não sei o porque!



Estradas


Você encontrará ótimas estradas, com asfalto recém recapeado, muitas estradas em reforma e algumas estradas em péssimo estado.


Na época que visitamos [Maio/2018] a situação era:

. Próximo de Joannesburg ótimas estradas;

. Próximo de Cape Town vários trechos em reforma e

. Próximo de Durban as piores estradas (principalmente no interior).


Duas estradas são em si um passeio - Panorama Route (próximo da entrada do Kruger) e a Chapman’s Peak Drive (em Cape Town). As duas são incríveis e você leva várias horas para percorrer, pois quer parar pra tirar fotos e mais fotos.




Combustível


A gasolina tinha preço parecido com a do Brasil, e mesmo dentro do Kruger, não tem um preço exorbitante.

Nas estradas em geral tem poucos postos de gasolinas, chegamos a rodar quase 100km sem encontrar nenhum posto na rodovia. Então o conselho é abasteça o tanque sempre que tiver oportunidade.



GPS


O Google Maps funciona bem, mas existe alguns lugares que a internet não pega, então o ideal é fazer o download do percurso do dia quando ainda estiver no hotel. Nós também usamos o aplicativo Maps.me, que nos indicava onde tinha postos de gasolina e hotéis próximo de onde estávamos.



Sinalização


As rodovias são bem sinalizadas, e é fácil encontrar placas indicando o caminho, o problema é conseguir ler os nomes dos lugares.


Pedágios


Nosso carro tinha um chip parecido com o "Sem parar" aqui do Brasil, porém não funcionava em todos os pedágios e não entendemos qual a lógica (se alguém souber, me conta). Quando chegávamos perto do pedágio, se a cancela não abria, pagávamos para o atendente. No geral os pedágios eram baratos, com valores equivalentes entre R$ 2,00 a R$ 5,00.



Policiamento


As rodovias tem policiamento constante e fomos parados 3 vezes (as pranchas de surf chamam atenção). O policial pede documento do carro e os seus documentos. Eu tinha a PID (Permissão Internacional para Dirigir), mas o Dany tinha apenas a nossa CNH e foi aceita.



Curiosidade


As placa dos carros tem estampado imagem de animais, que variavam conforme a região.


 


. Caso você queira atravessar a fronteira para outros países (incluindo Suazilândia e Lesoto), precisa solicitar uma autorização na locadora, e terá um custo extra. Nós não fizemos isto.


. Tentávamos evitar dirigir na parte de noite. Preferíamos acordar de madrugada, ainda escuro, mas neste caso, se desse algum problema, logo iria clarear e poderíamos buscar ajuda. Recomendo que você faça o mesmo.


. Praticamente em todos os lugares, até nos mais remotos, tem guardadores de carros. Então sempre tenha alguns trocados para entregar pra eles.


 

Perrengue


Além do que eu contei sobre ter saído da estrada, uma das situações mais estressantes que passamos na viagem foi dentro do Tsitskamma National Park. O portal de entrada do parque estava em reforma e tive que passar por um desviu pela vegetação ao lado para entrar no parque. Este desviu me fez esquecer que estava na mão inglesa e passei a dirigir pela pista da direita. A estrada era muito sinuosa e eu devo ter dirigido por mais de 1km.


A policia veio atras de mim com as sirenes ligadas e pediu pra eu encostar o carro. Só quando o policial começou a falar que eu notei que estava andando na contra-mão. Meu inglês é péssimo, e eu muito nervosa, expliquei pra eles que era brasileira, e que tinha feito confusão com o uso da mão inglesa... Eles apenas me advertiram e pediram pra eu ter cuidado.


Continuar a viagem não fio fácil, minhas pernas estavam tremendo, a minha vontade era entregar o carro para o Dany e não dirigir mais a viagem inteira. Mas, eu continuei dirigindo, e os policiais foram me seguindo até chegarmos ao final do parque. Além de ficar nervosa sobre ter infringido a lei, fiquei muito nervosa pois poderia ter causado um acidente muito grave dirigindo um trajeto tão grande na contra-mão de uma estrada sinuosa.


Agora, depois que passou o susto, é só mais uma das aventuras que tenho pra contar!

 

Eu recomendo muito o aluguel de carro na África do Sul, principalmente se você for fazer um roteiro extenso assim como nós fizemos. Outra vantagem de ter carro é poder fazer self-safari, ou seja, você entra nos parques e dirige entre os animais, conforme o tempo que você tem disponível, ou conforme os animais que mais lhe interessam.

 


Outros post sobre a África do Sul:

Viagem Maio/2018

 

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